08/09/2011

Recordação “ARTE SEM FRONTEIRAS” julho de 2011, Miranda do Douro

Muito cansados os artistas chegaram ao Paraíso Natural.
Indo desvelando aos poucos os segredos bem guardados.
Rumaram pelas ruas da cidade, pintando, esculpindo com as gentes e as crianças absorventes.
Andaram de miradouro, em miradouro, de penhasco, em penhasco…
Nada ficou por admirar, estonteados de surpresas sorviam a atmosfera acolhedora.
Dados à partilha, ao diálogo, à dávida e à descoberta foram ensinando suas artes.
Ambos, público e artistas, criaram uma osmose perfeita.


Douro, rio esverdeado, ladeado de arribas, mergulhado no céu profundo,
Oferta assombrosa, panoramas inesquecíveis….

Durante alguns dias, a cidade abriu-se às artes: tudo foi cor, luz, som, dança, palavra.
Onde estava calmo deu-se uma agitação babélica.
Ululantes de expectativa partilharam a admiração mútua.
Rutilantes dias de trabalho intenso e noites de magia mirandesa.
Ouro espargido dos corações e das mãos que pintaram rastos inapagáveis na cidade.

Olinda Santana

29/7/2011, Miranda do Douro

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