Muito cansados os artistas chegaram ao Paraíso Natural.
Indo desvelando aos poucos os segredos bem guardados.
Rumaram pelas ruas da cidade, pintando, esculpindo com as gentes e as crianças absorventes.
Andaram de miradouro, em miradouro, de penhasco, em penhasco…
Nada ficou por admirar, estonteados de surpresas sorviam a atmosfera acolhedora.
Dados à partilha, ao diálogo, à dávida e à descoberta foram ensinando suas artes.
Ambos, público e artistas, criaram uma osmose perfeita.
Douro, rio esverdeado, ladeado de arribas, mergulhado no céu profundo,
Oferta assombrosa, panoramas inesquecíveis….
Durante alguns dias, a cidade abriu-se às artes: tudo foi cor, luz, som, dança, palavra.
Onde estava calmo deu-se uma agitação babélica.
Ululantes de expectativa partilharam a admiração mútua.
Rutilantes dias de trabalho intenso e noites de magia mirandesa.
Ouro espargido dos corações e das mãos que pintaram rastos inapagáveis na cidade.
Olinda Santana
29/7/2011, Miranda do Douro
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