02/04/2013

1.ª Exposição de Escultura de Maurício Penha


O Ciclo Cultural da UTAD, parceiro da Casa-Museu Maurício Penha, mostra pela primeira vez à Academia uma exposição escultórica do artista plástico e cidadão interventivo natural de Sanfins do Douro, Vila Real. No ano da celebração do centenário do nascimento do escultor (18/06/1913 -23/06/1996), o Ciclo Cultural da UTAD oferecerá ao público universitário várias exposições, palestras e visitas guiadas ao importante acervo artístico de Maurício Penha, sediado na sua Casa-Museu em Sanfins do Douro.

A 1.ª Exposição de Escultura de Maurício Penha será inaugurada, no dia 9 de abril, às 14h, acompanhada duma palestra, proferida pelo Presidente da Fundação da Casa-Museu Maurício Penha, Dr. José Carlos Boura. A palestra versará a vida e a obra do escultor no centenário do seu nascimento, bem como uma leitura das peças expostas. A exposição escultórica estará patente no espaço-galeria do Ciclo Cultural da UTAD, do dia 9 a 30 de abril.
Bustos de Lopes Graça e Maurício Penha

 “No ano que se comemoram os 100 anos do nascimento de Maurício Penha (18/06/1913 -23/06/1996) importa acima de tudo dar a conhecer aos públicos mais diversificados a multiplicidade dos aspectos da obra deste artista – tão desconhecido – e oriundo de Sanfins do Douro (Alijó, Vila Real).

É neste sentido que estão previstas um conjunto de actividades – exposições, palestras, visitas guiadas à Casa Museu Maurício Penha e à Região do Douro, ‘ateliers’ e lançamento de produtos, para desta forma se homenagear o homem e a sua obra e manter viva a sua memória”.

O Presidente da Direção

José Carlos Boura

Fundação Casa-Museu Maurício Penha

Maurício (Meireles) Penha (filho de António Joaquim Penha e de Maria Josefa Meireles Penha) nasceu em Sanfins do Douro, na rua da Calçada, hoje Rua Fonte de Baixo, em 8 de Junho de 1913 e morreu em Alijó em 22 de Junho de 1996.

Frequentou a Instrução Primária em Sanfins do Douro onde foi aluno de seu avô – António Silvino Machado Meireles – e, posteriormente, de sua tia – Ermelinda de Rodrigues Meireles.

Em Lamego, no Colégio, concluiu o 5º ano dos Liceus (actual 9º ano da escolaridade básica); em Vila Real, no Liceu Nacional Camilo Castelo Branco, completou o Curso Complementar dos Liceus, em 1933.

Nesse ano iniciou os estudos universitários no Porto, em Medicina. Em 1934 muda de curso e passa a frequentar a Escola de Belas Artes do Porto onde foi discípulo de Teixeira Lopes, e dos pintores Acácio Lino, Joaquim Lopes e do escultor Pinto do Couto.

É nesta ocasião que adere ao Partido Comunista Português, mantendo-se até ao fim da sua vida um convicto militante.

Aluno inconformado, transferiu-se para a Escola de Belas Artes de Lisboa onde concluiu, em 1945, o curso superior de Escultura, tendo sido discípulo de Simões de Almeida.

A despeito do seu profundo e genuíno interesse em construir uma carreira artística, como tantos outros, ontem e hoje, viu-se obrigado a enveredar pela carreira no Ensino.

Leccionou nas Escolas: Machado de Castro, Francisco de Arruda, Manuel da Maia, Industrial e Comercial de Vila Real, actual Escola Secundária de S. Pedro, e Alfredo da Silva (Barreiro); e ainda em diversos Liceus: D. João de Castro, Oeiras, Camões, Gil Vicente e Passos Manuel.

Aposentou-se em 1978 após ter leccionado na Escola Pereira Coutinho, em Cascais.

Arqueólogo, fotógrafo, pintor, gravador, escritor e escultor foi um grande viajante tendo corrido meio-mundo, desde a ex-União Soviética até ao México, desde a França até ao Egipto.

Publicou, em 1981, numa edição de autor, os contos “Vidas sem história”, que Alexandre Babo, crítico literário, refere, no prefácio, como “reminiscências que lhe ficaram gravadas como sulcos de dor e de ternura, também, da infância e da adolescência na aldeia onde nasceu”.

Maurício Penha foi um incansável trabalhador no campo da Arte, tendo retomado após a aposentação a sua actividade na Escultura, sobretudo numa disponível relação com o Meio Ambiente, com a Natureza, com as formas da realidade, representando-as, (re)interpretando-as ou recuperando-as em diversos modos de associação estética”.

 

Olinda Santana

- Professora Associada c/ Agregação –

- Coordenadora do Ciclo Cultural da UTAD –

Departamento de Letras, Artes e Comunicação

UTAD – Quinta de Prados

Apartado 1013; 5001-801 Vila Real, PORTUGAL

Telf: +351 259 350 701


blogue: http://www.cicloculturalutad.blogspot.com

 

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